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Sobre SER E ESTAR

Sobre SER e ESTAR

Mas afinal de contas o que é SER e ESTAR?
Gosto de pensar que ser é essência, plenitude e modo. É aquilo de genuíno e íntegro. Como se tivéssemos uma peneira e fizéssemos o filtro até o último, até não restar mais nada.

O que me resta é o SER. Já o ESTAR é transitório, conforme o ditado diz, é “dançar conforme a música” é o adaptável. E isso é ruim? Não necessariamente.

Mas a introdução que quero fazer aqui é outra. É sobre a importância do SER e em certa MEDIDA do estar.
Ser estar para o outro e para mim. Todos nós precisamos de um local fala, um lugar no qual quando estamos, somos. Somos imperfeitos, contraditórios e desconexos, porém apenas somos.

Porém precisamos de um lugar no qual quando somos, não precisamos estar. Estar no ideal, no adaptável, no que o mundo contemporâneo exige.

E que em alguns momentos para ESTAR precisamos SER. E aí que eu entro! A psicologia disponibiliza um local de fala e escuta, para sermos apenas nós mesmos, sem julgamos, pretensões e querer.

Um lugar seguro e honesto. Um lugar quente, confortável que representa uma estabilidade para que a essência possa coexistir com o ser e o estar e ao mesmo tempo seja o aqui e agora.

Já percebeu em quantas vezes estamos conversando com as pessoas e não prestamos atenção nos sinais, na fala, na palavra, na entonação e no gesto? Quantas conversas são pautadas na competição de frases, na audácia de falar mais que o outro? E aí, a conversa perde o sentido. O outro não foi escutado, apenas ouvido. E por ter sido ouvido, precisará repetir, repetir até ser escutado.

Permita SER e ESTAR com outro. Permita ser a pessoa que você e o outro precisam. E assim você realmente estará. Estará para o outro e para você.

Aproveite o momento, não fique pensando no depois ou o que poderia estar fazendo se não estivesse ali ouvindo. Escute o outro, e assim escute a si mesmo. Se dê de verdade.

Se todos nós precisamos ser escutados e não apenas ouvidos, como podemos fazer isso com o próximo e pior ainda, com nós mesmos?

Como não podemos nos escutar, nos perceber, nos reparar. Se isso é desumano para com o outro, que nome podemos dizer quando fazemos isto a nós mesmos?

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